Estava agora há pouco dando uma pequena pausa no trabalho e navegando pela net atrás de algo divertido. Deparei-me com uma frase de Aristóteles que dizia:
"Considero mais valente quem vence os seus desejos do que quem vence seus inimigos, pois a mais árdua vitória é sobre o ego."
Fiquei pensando muito sobre o significado dessa frase e acabei me deparando com outra de um tal de J. S. Mill, que sinceramente eu não faço a mínima idéia de quem seja. A frase dizia assim:
"Aprendi a procurar a felicidade limitando os desejos, em vez de tentar satisfazê-los."
Aí que eu me encafifei de vez, porque eu sempre disse que a felicidade verdadeira está na certeza do querer. E o que se quer com certeza deve ser necessariamente algo que nos expanda o caráter e a personalidade, aprimorando, consequentemente, nossa alma. Mas de algum modo, acho que meu jeito de pensar se encaixa nos pensamentos expostos acima.
Nem sei porque, mas me veio à cabeça uma cena do primeiro filme do Harry Potter, aquele da Pedra Filosofal. A cena mostrava o pequeno bruxo diante de um espelho mágico que mostra a imagem daquilo que mais queremos no mundo. Enquanto ele se esbaldava com a imagem de seus falecidos pais o abraçando e beijando, o mestre diretor da escola de bruxos, Alvo Dumbledore, dizia que o espelho era perigoso e que muitos haviam sucumbido diante dele.
Após sofrer esse magnífico insight, eu cheguei à conclusão que somos os únicos e exclusivos culpados por nosso sofrimento e que nossa grande dor está dentro de nós, manifestada por essa nossa constante insatisfação com o que temos e essa incansável busca de futilidades.
Não ouso falar o que realmente precisamos e o que devemos desejar, até porque eu também estou em busca dessa sabedoria. Mas creio sim que essa verdade, como diversas outras, está dentro de nós só esperando pra ser descoberta e revelada.