26 de dez. de 2006

COMPLICADO, EU?

Porque gostar de alguém é sempre uma coisa complicada? Gostando de alguém, você sempre está correndo o risco de ser magoado.
Se você não for correspondido, tem que correr atrás da pessoa pra conquistá-la, ou pelo menos roubá-la de alguém. E se você for correspondido, ainda corre o risco de levar um fora a qualquer momento.
Você fica lendo frases estúpidas em revistas mais estúpidas ainda sobre a arte de cultivar o amor numa relação. Passa um tempão perto de mulherada ouvindo um monte de baboseira sobre relacionamentos, na inútil tentativa de evitar uma decepção. Você ouve as músicas super-ultra-hiper depressivas do CPM 22 e, quando enfim consegue entendê-las, começa a suar frio.
O que fazer, então?
Eu pensei, repensei e pensei novamente no assunto e só consegui achar uma solução, que nem é assim tão eficaz. O negócio é começar a rezar. Não é brincadeira. O jeito é rezar mesmo. Reze pra nunca gostar de alguém ou, se já foi contaminado por esse violento vírus, reze para não ser correspondido, pois assim você desencana rápido e passa a rezar pra nunca mais gostar de alguém de novo.
Se você é correspondido, aí a coisa fica mais complicada, porque a sua correspondente é mulher (se não for, pode vazar do meu blog sua bicha) e, nessa condição, é imprevisível, vulnerável, carente e, acima de tudo, volúvel. Se ela já foi magoada por outro homem, aí fudeu de vez. Qualquer abalo na relação já serve pra ela começar a estudar "alternativas". Portanto, pode começar a rezar muito.
Não estou escrevendo tudo isso porque levei um fora ou porque não sou correspondido no amor. Apenas estou expondo meu ponto de vista, que é notoriamente pessimista. Que seja eterno enquanto dure? a deprê que um fora causa também vai ser assim: duradoura e aparentemente eterna.
Você pode pensar que é feliz e não tem com que se preocupar, mas aí é que está o grande risco, porque "maior vai ser a queda", entende?
A hipótese de que posso levar um pé na bunda a qualquer momento não me inspira a cultivar o amor na relação. Muito pelo contrário, causa-me um desânimo imenso e me faz incrédulo. Por pensar assim, posso ficar sozinho minha vida inteira, mas não consigo aceitar que o amor é algo cultivável. Acho que ele nos toma e nos muda, para depois nos guiar. Não é inevitável, mas, uma vez dentro de você, torna-se incontrolável. Boa sorte!!!
PS: não saia rezando por aí, ok? apenas usei uma metáfora pra explicar que não há solução prática pra dor de amor.

Um comentário:

Rodrigo de Araújo Rosa disse...

Muito profundo Lestat. Acho que tu bebeu todas no Natal.